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A PM DE SÃO PAULO SE ARRISCA NA SEGURANÇA PRIVADA, NOS BAIRROS NOBRES DA CAPITAL.

  • Antonio Tadeu M. de Andrade.
  • 12 de abr. de 2015
  • 3 min de leitura

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Durante a execução de nossos trabalhos de consultoria, não raro, nos deparamos, com situações que nos fazem perguntar se nossas autoridades sabem mesmo o que estão fazendo para minimizar as ocorrências em condomínios na cidade de São Paulo.


Há algum tempo surgem indícios de ações da Polícia Militar estar se envolvendo com a segurança das unidades condominiais de alto padrão nos bairros nobres da capital.

Olhamos esta situação, com certa desconfiança, posto que verificamos um desvio de foco da ação policial.


Nada contra a criação de Delegacias especializadas, nem do treinamento específico de grupos da PM, para combater um determinado tipo de crime.


O que achamos, no mínimo, estranho é a intervenção de policiais, diretamente, nos condomínios, para detectar pontos fracos na segurança dos edifícios.


Este não é o trabalho deles e acabam atrapalhando a ação de profissionais que atuam no ramo, de forma séria, quando fazem os cidadãos pensarem que, apenas com medidas simples, como esta, vão escapar de serem roubados ou sofrerem arrastões.


Não há, na formação do policial militar, o direcionamento técnico, para uma ação direta na segurança privada. Tal situação irá, com certeza, mais confundir do que resolver o problema dos condomínios.

Tudo isso acontece por que, em nossa cultura, o caráter preventivo ou de planejamento de nossas ações foi esquecido, ou mesmo nunca foi realmente utilizado.

Adoramos as ações populistas, com muita bravata e discursos vazios e pouca eficiência e que não duram mais que a capacidade de nossa memória e sucumbem ao esquecimento.

Muitas Associações de Bairros nas regiões nobres da capital estão entusiasmadas com mais esta intervenção “fulminante” da polícia, depois e diante de mais de 800 arrastões, em pouco mais de 12 anos, em São Paulo.

Policiais militares, a convite dos condomínios, irão fazer uma espécie de Análise de Risco nos prédios com o intuito de orientar seus administradores a tomarem providências de segurança na esperança de tornarem seus lares invulneráveis aos arrastões característicos da nossa capital.

Nosso parecer é que tal situação servirá muito mais para dar uma falsa sensação de segurança, do que para resolver, realmente, o problema.

A falta de cultura de segurança na nossa sociedade ou mesmo a falsa noção de que segurança se faz, com armas e câmeras, conduz a maioria acreditar que o problema pode ser resolvido desta forma.

E, ainda, observamos, nesta situação, outro problema muito mais grave.


Com o envolvimento de policiais com quadrilhas de arrastões, roubos de residências, roubos de caixas eletrônicos, de forma muito mais freqüente, será que não estaremos entregando o ouro ao bandido? Vide o link listado abaixo. Fonte O Estado de São Paulo.


É razoável que pensemos muito bem antes de abrirmos as portas de nossas residências para este tipo de iniciativa.

O que, realmente, precisamos é que a polícia se concentre num trabalho de inteligência e investigação, focada neste tipo de crime, além de dar uma pronta resposta, rápida e eficiente, quando acionada, pelo cidadão em perigo e que, também, faça um trabalho de profilaxia efetiva nos seus quadros, de forma a não mais escutemos que mais um policial foi encaminhado ao presídio “Romão Gomes” (Presídio onde são presos policiais que cometem crimes), por envolvimento com o crime organizado.

Precisamos, ainda, que cada cidadão se conscientize que a segurança dele, é um problema dele, em todos os níveis e não de terceiros.


Com o problema que vivemos em São Paulo, temos que arregaçar as mangas e começar a trabalhar no sentido de treinar nossos funcionários, implantar Normas de Segurança e dotar as equipes de equipamentos suficientes e eficazes, para a execução de suas tarefas nos condomínios.

Para evitarmos a criação de oportunidades, nas quais os bandidos consigam chegar até nós, temos que mudar nosso comportamento, usando uma atitude eminentemente preventiva, no nosso dia a dia.

Fonte do noticiário:




 
 
 

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